PF investiga grupo suspeito de contrabandear migrantes na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa

PF cumpre 18 mandados de busca e apreensão em 4 municípios do Amapá
A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta segunda-feira (29) a Operação Piratas do Caribe para desmontar um grupo criminoso que contrabandeava migrantes, principalmente cubanos e haitianos, entre o Amapá e a Guiana Francesa.
Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão. Sendo nove em Macapá, quatro em Santana, três em Oiapoque e dois Tartarugalzinho. A Justiça autorizou também 17 medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleiras eletrônicas.
Segundo a PF, a investigação começou após uma denúncia feita à polícia em Oiapoque. O relato apontava que migrantes estavam sendo extorquidos pelos criminosos durante o trajeto entre Oiapoque e Macapá.
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A investigação apurou que os migrantes eram ameaçados e forçados a pagar altos valores pelo transporte até Macapá. Quem se recusava a pagar era intimidado com ameaças de expulsão do país.
O transporte dos imigrantes era feito pela estrada que corta o Estado por motoristas conhecidos como “picapeiros” ou “piratas”.
A PF informou que esses imigrantes cubanos não ficam no Brasil. Eles apenas passam pelo país e seguem em direção aos Estados Unidos.
Registros da PF em Oiapoque apontam que de 2021 a 2025 o número de migrantes que passaram pela cidade teve um salto. (veja números abaixo).
2021: 11 pessoas;
2022: 0 pessoas;
2023: 2587 pessoas;
2024: 8204 pessoas;
2025: até o mês de agosto 6634 pessoas
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Durante as buscas desta segunda-feira foram apreendidos valores em reais e euro, além de um simulacro.
Polícia Federal cumpre 18 mandados de busca e apreensão em 4 municípios do Amapá
Polícia Federal/divulgação
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