Petrobras iniciou perfuração na Foz do Amazonas no mesmo dia da licença
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Apos licença do Ibama Petrobras inicia perfuração de poço em águas profundas do Amapá
A Petrobras iniciou a perfuração na Foz do Amazonas assim que conseguiu a licença do Ibama. A informação foi divulgada pela direção da empresa em uma apresentação nesta quarta-feira (29) em que exibiram a imagem da sonda chegando às águas profundas na região.
➡️ A licença foi dada no dia 20 de outubro sob críticas de ambientalistas que questionam a exploração de petróleo na região por causa da proximidade com a floresta. (Entenda mais abaixo)
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A diretora de Exploração da Petrobras, Sylvia dos Anjos, exibiu as imagens da perfuração durante um painel na Offshore Technology Conference (OTC), maior feira de petróleo e gás da América Latina, realizada no Rio de Janeiro.
Na ocasião, Sylvia contou que a empresa estava preparada para a perfuração no dia em que a licença foi concedida.
A Petrobras aguardava há mais de dez anos a licença para a pesquisa por petróleo na área. A empresa acredita que a região da Margem Equatorial pode ser o novo “pré-sal” brasileiro, com reservas que permitiriam explorar 1,1 milhão de barris de petróleo por dia. Isso é mais do que a capacidade dos dois campos atuais. Tupi produz um milhão de barris por dia e Búzios, 800 mil.
Ibama aprova resultados da Avaliação Pré-Operacional conduzida pela Petrobras
O poço perfurado, batizado de Morpho, está localizado a cerca de 175 km da costa do Amapá e marca o início das atividades da Petrobras na Margem Equatorial brasileira.
Segundo a estatal, a perfuração deve durar aproximadamente cinco meses. Durante esse período, serão coletados dados geológicos que permitirão avaliar a viabilidade econômica da área. A atividade é considerada exploratória, ou seja, não há produção de petróleo nesta fase.
Diálogo com o Ibama e estrutura operacional
A Petrobras informou que manteve diálogo permanente com o Ibama durante todas as etapas do processo de licenciamento. A companhia afirma ter atendido integralmente aos requisitos ambientais, incluindo ajustes solicitados após a Avaliação Pré-Operacional (APO).
O navio-sonda NS-42 será utilizado na operação. A estrutura física e os recursos humanos dedicados à perfuração já estão ativos e prontos para execução.
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Potencial da região e próximos passos
A Margem Equatorial é considerada uma nova fronteira exploratória no Brasil. A Petrobras ainda não possui estimativas de reservas na Bacia da Foz do Amazonas, e os dados obtidos com a perfuração do poço Morpho serão fundamentais para esse levantamento.
Além do bloco FZA-M-59, a estatal também conduz processos de licenciamento para perfuração nos blocos FZA-M-57, 86, 88, 125 e 127. Toda a infraestrutura mobilizada, incluindo os Centros de Atendimento à Fauna em Belém (PA) e Oiapoque (AP), será utilizada nos demais projetos da região.
Navio-sonda NS-42, que será usado em simulação de vazamento de óleo na Bacia da Foz do Amazonas pela Petrobras
Divulgação/Petrobras
Estratégia energética e investimentos
A Petrobras destaca que a exploração na Margem Equatorial é estratégica para evitar que o Brasil se torne importador de petróleo a partir da década de 2030, devido ao declínio natural da produção atual. A companhia afirma que concilia a exploração responsável de petróleo e gás com investimentos em negócios de baixo carbono.
O Plano de Negócios 2025–2029 prevê cerca de R$ 90 bilhões em investimentos voltados à transição energética — um aumento de 42% em relação ao plano anterior. Os recursos serão aplicados em projetos de bioprodutos, como etanol, biodiesel e biometano, além de iniciativas em energia solar, eólica e hidrogênio de baixa emissão.
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Editoria da Arte/g1
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